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SEXTA-FEIRA, 29 DE MARÇO DE 2024
23 de JANEIRO de 2020 | Fonte: Correio do Estado

Indústria chinesa de processamento de milho começa a operar em outubro

Fábrica vai gerar 300 empregos diretos com o início da produção
Em 2019 serão produzidos amido e farelo de milho (Foto: Valdenir Rezende/Arquivo)

As obras da fábrica chinesa, BBCA, de processamento de milho em Maracaju seguem aceleradas. A produção de amido e farelo de milho já deve ser iniciada em outubro deste ano. As informações foram confirmadas ontem (22) em visita do governador ao estande da BBCA na Showtec.

 

De acordo com o titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, a notícia é positiva para a economia estadual. “A BBCA nos apresentou uma série de produtos que a empresa já fabrica na China, como tecidos e produtos biodegradáveis. Também foram apresentados os produtos que serão feitos na fábrica em Maracaju, iniciando pelo amido. Eles informaram que as obras da indústria estão em ritmo forte e, em outubro, inicia a produção de amido e farelo de milho. Essa é uma notícia positiva, pois consolida mais um investimento em Mato Grosso do Sul, o que é fundamental na geração de mais empregos no Estado”, informou Verruck.

 

Segundo o diretor-geral da BBCA no Brasil, Hailong Huang, nessa fase da obra estão sendo gerados 64 empregos brasileiros. Quando a indústria iniciar a produção serão gerados 300 empregos diretos. Atualmente, 104 pessoas trabalham nos escritórios da empresa no Brasil, em Maracaju e São Paulo.

 

A unidade da BBCA em Maracaju vai processar 200 mil toneladas de milho por ano na produção de amido e farelo de milho. Esta primeira unidade consumiu US$ 100 milhões de dólares em investimentos.

 

Conforme informado ao Correio do Estado, o grupo começou a compra do cereal produzido na última safrinha na região. “São dois silos, de 60 mil toneladas cada um, que vamos encher, para a nossa produção”, afirmou Leo Yan, engenheiro sênior da BBCA, durante encontro entre empresários chineses e brasileiros em Campo Grande, em junho do ano passado. 

 

Diferente do que foi especulado quando a BBCA anunciou sua vinda ao Estado, os produtos da esmagadora de milho serão comercializados em território brasileiro. “Na China, a BBCA tem grandes plantas e lidera o mercado. Nosso investimento é uma aposta no Brasil”, revelou Yan.

 

Outros produtos

O projeto de instalação da indústria teve início em 2013, com a promessa de investimento de US$ 1,2 bilhão (R$ 4,4 bilhões). Para o futuro, de acordo com as informações de Huang, o plano é que a indústria produza produzir o plástico PLA (ácido polilático). Para que isso ocorra o investimento será superior a US$ 1 bilhão  serão aplicados na fabricação de produtos químicos voltados à indústria alimentícia e de embalagens. 

 

A BBCA em Maracaju será a primeira unidade do Brasil a produzir o plástico PLA em escala industrial. A resina é praticamente idêntica ao plástico produzido a partir de combustíveis fósseis, com a diferença de que é biodegradável. Os executivos da BBCA informaram que o plástico PLA feito em Maracaju será exclusivamente para abastecer o mercado brasileiro e latino-americano. 

 

A planta ainda atuará na cogeração de energia. O projeto – que no auge deve processar 1,2 milhão de toneladas de milho – também terá a capacidade de produção anual de 150 mil toneladas de ácido cítrico, 60 mil toneladas de xarope de maltose, 300 mil toneladas de amido de milho, 60 mil toneladas de dextrose cristalina, 150 mil toneladas de lisina e outros subprodutos relacionados.

 

A capacidade levará a chinesa ao topo da produção mundial de ácido cítrico, além de consolidar o grupo como um dos maiores produtores de vitaminas A, B, C e E.



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