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QUINTA-FEIRA, 28 DE MARÇO DE 2024
21 de DEZEMBRO de 2019 | Fonte: Correio do Estado

Capital: com alta do preço da carne bovina, consumidores buscam alternativa para a ceia

Carne de suínos e aves são as preferidas
Estoques da carne de porco estão sendo abastecidos no Mercadão Municipal - Foto: Bruno Henrique/Correio do Estado

Os açougues do Mercadão Municipal de Campo Grande estão movimentados neste sábado (21). As compras para os preparativos da ceia de Natal já começaram, porém, com a alta do preço da carne, consumidores estão buscando outras alternativas para a noite de celebração. 

 

Mesmo com as grandes filas nos balcões dos açougues, consumidores estão optando por uma ceia diferenciada. “Todo ano tem a carne, e eu não gosto de porco. Mas esse ano não teremos carne, esse ano vamos de frango”, afirmou o massagista Ricardo Higashi, de 47 anos. Ele estava no local comprando carne para fazer carreteiro. “Carne esse ano, só se for de uma maneira que dê para render. Pura não tá dando”, reforçou o massagista.

 

Outro exemplo de quem está investindo em uma ceia diferenciada é o caso do advogado Márcio Almeida, de 40 anos, ele é vegano, mas todos os anos costuma fazer prato com alguma carne para os convidados. “Neste ano vou fazer alguma coisa com peixe porque a carne está muito cara, então, se é para gastar, vamos de peixe dessa vez”, afirmou. O advogado chegou a dizer que estava estranhando o movimento da peixaria. “Parecia sexta-feira Santa”, lembrou ele. 

 

A alta do preço da carne também fez com que o tradicional porquinho de Natal voltasse em evidência. “Faz tempo que não comemos porco, estávamos acostumados com a carne, na ceia, mas, devido ao preço, esse ano vamos de porco”,afirmou o aposentado Luiz Mise, de 68 anos.

 

Porém, mesmo com a alta do preço da carne, tem aqueles consumidores que não abrem mão do bom filé mignon. “Vou na carne mesmo, está cara, mas não tem outro jeito, não gosto de porco, vou apertar o orçamento, nessa ceia”, lamentou a telefonista Karla Rubia, de 38 anos. O quilo da carne escolhida pela telefonista chega a custar R$ 48,00 em alguns açougues do Mercadão.

 

Apesar dos altos preços do produto, os açougues estão investindo em outras opções, como a linguiça e o frango. “Venda da linguiça aqui aumentou muito. Porém, não sentimos a queda, devido ao aumento dos preços. As pessoas priorizam a alimentação”, afirmou o proprietário de um açougue, localizado no Mercadão, Ronald Kanashiro De Alen. O empresário está no ramo há 23 anos e disse que a expectativa para as festas de fim de ano é de atingir “pelo menos” o volume de vendas de 2018. “A partir de segunda-feira (23) vamos sentir, de verdade, como será o movimento, mas, se continuar como está, será muito positivo”, comemorou.

 

Estoques das carnes de porco estão sendo abastecidos no Mercadão Municipal. "Porém, não temos espaço, vamos pedindo conforme a demanda", afirmou De Alen.

 

Com o aumento das vendas, que acontecem no fim de ano, comerciantes reforçaram a equipe de atendimento. O dono do açougue, Ronald De Alen, alegou que tem 30 funcionários à disposição dos clientes e se sentir que vai precisar mais, novos colaboradores poderão ser contratados. 


PREÇOS  

Pesquisa do Procon Municipal apontou variação de até 109% no valor dos cortes de carne de um estabelecimento para outro, em Campo Grande.

Pesquisa foi realizada em 16 estabelecimentos comerciais, sendo oito casas de carnes e oito supermercados, nos valores de carnes bovinas de primeira e segunda, carne suína e aves.

 

Com relação as carnes suínas, costela é a que apresenta maior variação, de 90%, com menor preço a R$ 12,39 e o maior a R$ 23,49, diferença de R$ 11,10. Lombo, tradicionalmente servido na ceia, custa de R$ 12,99 a R$ 19,98.

 

Quanto as aves, coxa e sobrecoxa é encontrada por R$ 6,99 em um estabelecimento e a R$ 12,49 em outro, diferença de 79% no preço.



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